Meu nome é Wagner Giannini, sou natural de Campinas (SP), casado com a Daniela e pai da Isabella e da Rafaella.
Nasci no mesmo ano em que o meu time se tornou o único campeão brasileiro vindo do interior.
Tive uma infância muito parecida com a de outros garotos que cresceram em um bairro de classe média operária — brincando na rua, jogando bola, soltando pipa.
A diferença é que, muitas vezes, eu preferia ficar enfiado no fundo de casa, fazendo experimentos inspirados na revista Saber Eletrônica, ou desmontando e construindo coisas a partir de sucatas que vinham das indústrias instaladas ali por perto.
Essa curiosidade me levou a cursar o Técnico em Eletrônica na Fundação Bradesco, além de realizar outros cursos nas áreas de Mecânica e Informática.
Por “incentivo” do meu pai, antes dos 15 anos, comecei a trabalhar — ainda que de maneira informal — aplicando na prática o que aprendia em livros, revistas e sala de aula.
Acredito que uma das grandes oportunidades que se apresentaram para mim nesse período foi a de estagiar dentro do Polo II de Alta Tecnologia de Campinas, conhecido na época como o “Vale do Silício brasileiro”.
Depois de aproximadamente dois anos, fui efetivado e comecei a trabalhar na manutenção e no desenvolvimento de equipamentos dentro da Xtal Fibras Ópticas, uma empresa do Grupo Algar e uma das pioneiras no desenvolvimento de fibra óptica no mundo — uma tecnologia fruto de pesquisas e do financiamento público, realizados em parceria entre a Unicamp e a Telebrás.
Tudo isso acontecia enquanto eu tocava forró de madrugada e aos finais de semana, uma renda extra que ajudava a pagar a faculdade de Engenharia.
Mas, logo depois da virada do século, com o estouro da bolha das empresas ponto com e a intensificação das políticas liberalizantes no Brasil, o cenário mudou rapidamente.
O mercado de telecomunicações encolheu, e muitos projetos ligados à indústria nacional perderam espaço.
Foi nesse contexto que me vi diante da necessidade de me juntar ao meu irmão, que já empreendia na época.
Eu, com um perfil técnico e voltado à inovação, e ele, com um perfil mais comercial e empreendedor, seguimos especializações diferentes, mas sempre caminhando lado a lado.
Enquanto eu me especializava em Engenharia, Segurança do Trabalho e Gerenciamento de Projetos, ele se aprofundava em Direito e Administração.
Foi da união desses perfis — da necessidade, do mercado e do desenvolvimento de novas competências — que, em 2004, fundamos a EAI Engenharia em Aço Inox Ltda.
Desde então, temos nos dedicado ao desenvolvimento de projetos, fabricação de equipamentos e serviços especializados para as indústrias de bioprocesso, unindo engenharia aplicada, inovação e propósito.
Mais recentemente, após 20 anos de trajetória, iniciamos um processo de expansão, tornando-nos integradores Tetra Pak e ampliando nossa atuação por meio de novas empresas, como a CIP Solution e a Fusion Filters, oferecendo soluções completas em processo industrial.
Hoje, com mais tempo passado do que futuro, estou me especializando em Técnicas de Inteligência Artificial para Indústrias de Processo, pela Faculdade de Engenharia Química da Unicamp, além de atuar como idealizador e editor deste site — criado com o objetivo de reunir e organizar conteúdos que foram essenciais em toda essa trajetória.
Através dele, espero contribuir e, quem sabe, inspirar outras pessoas na construção de um futuro mais justo — e, por que não, mais inoxidável.